Do Choupal até à Lapa...!

Coisas do dia a dia... o que nos aborrece... e especialmente, o que nos provoca um sorriso!

sábado, janeiro 29, 2005

Neste dia iríamos brincar por já teres mais de 30…

Em vários sonhos que tenho tido, apareces, acenando na rua, ou a sair de um carro, e eu, na janela, fico estarrecida, arrepiada, confusa, mas extremamente feliz. Vejo-te pelo vidro, chamo por alguém para confirmar aquilo que estou a ver, mas geralmente ninguém vem. Abro-te a porta e fico, ansiosa, a tremer por dentro, à espera que subas as escadas. E de repente és mesmo tu, como dantes. Com o nosso fato de treino da Académica vestido, com aquelas listas verdes que detestávamos, cabelo apanhado e arrepiado… vais-te aproximando de mim. Abraço-te, choro e pergunto o que se passou… Umas vezes dizes que teve que ser, tiveste de desaparecer por uns tempos, como nos filmes, outras vezes não me dizes nada… Abraço-te, com força…

Mas depois acordo, e está tudo na mesma. Tu estás e sempre estarás cá, mas apenas nos nossos corações e recordações.

As saudades que tenho de ti, amiga!

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Auschwitz- voltar com coragem

Ontem assisti na TV a umas daquelas imagens que nos fazem pensar e nem se quer sei o que estava a sentir… Confuso, ah!?
Era o regresso dos prisioneiros de Auschwitz ao campo de concentração nazi, envergando novamente algumas das vestimentas com que terão saído na altura. Aqueles barretes listados, os lenços, em volta do pescoço, toda aquela coragem de voltar ali a entrar.
E as imagens, gravadas na altura, e mais ainda nas suas mentes, são reproduzidas e causam horror a quem vê… Nem imagino, em quem esteve…
Há pessoas que foram visitar este campo, e que dizem que ao ali entrar, sente-se algo estranho, algo interior, forte, estrangulador, constrangedor…
Aos alemães, custa-lhes mais falar na problemática do muro de Berlim do que propriamente neste genocídio. Mas também assisti, há alguns anos em Berlim, à saturação dos alemães em relação aos judeus e a toda esta culpabilização permanente. Argumentavam que todo o espaço livre na nova Berlim, onde poderia crescer um espaço de lazer, um jardim onde todas as crianças pudessem brincar, crescia mais um monumento em devoção ao povo judeu e ao genocídio.
A contrariedade da vida…

terça-feira, janeiro 25, 2005

Uma semana em Barcelona e não vi nada…

Pois é, um plano de passar uma semaninha em Barcelona era qualquer coisa para entusiasmar qualquer um.
Mas, como fui em trabalho, acabou por ser mesmo isso: trabalho enclausurado das 9h até às 19h!
O que safava era os convívios nocturnos, que se iniciavam num restaurante, saboreando as Tapas e os peixinhos grelhados. Depois, numa das vezes, fomos assistir a um espectáculo de Flamengo! A imponência de 2 bailarinos e a voz de um homem de idade avançada, juntamente com uma viola e um violoncelo magnífico preencheram os nossos olhos e ouvidos, deliciando a nossa alma!
Espantoso foi, no final do espectáculo, quando os dançarinos se dirigiram para o bar onde nós estávamos, vestindo agora roupas usuais desportivas, e todos notámos o quão pequenos eles eram. Tanto a mulher como o homem (dançarinos) tinham uma estatura baixa, mas que, em palco se mostrou imponente e enorme!
Para além disso, e o magnífico destes encontros internacionais é conhecer novas pessoas de outras vivências de outras nacionalidades, de outros costumes.
Muito agradável!

segunda-feira, janeiro 10, 2005

CD em Cartaz... ou Cartaz em CD...

Não costumo ler o semanário Expresso, por várias razões como por exemplo o seu enorme formato, com folhas gigantes, e também à qualidade que por vezes deixa um pouco a desejar… O meu eleito, geralmente, é o jornal diário Público… Gostos!
Mas, esta semana tive acesso ao Expresso, porque um exemplar deste semanário chegou lá a casa. Não pude deixar de reparar na modernice à qual este semanário já aderiu, apresentando uma das suas revistas – Cartaz – em versão electrónica, ou seja, em CD.
Embora, geralmente, goste de intervenções modernas e da modernização geral das coisas, achei que desta vez não favoreceu em nada. Isto porque, por muito que custe a muita gente, a maioria das pessoas que lê jornais neste país, prefere ler no papel e não no monitor. Para além disso, parecem não se lembrar que a maioria dos leitores destes jornais não são grandes adeptos de computadores… Há idades para tudo! E mais ainda, o que preferem as pessoas actualmente: ler o seu jornalzinho numa esplanada ao sol ou enfornadas entre 4 paredes à frente de um computador? Poderá ter acontecido o que me aconteceu… costumo dar uma vista de olhos pela revista Cartaz, mas desta vez deixei para mais logo… Ou seja, talvez para a semana…
Claro que esta é apenas uma opinião de quem gosta de escrever sobre o que se passa neste país, não só de mergulhos de ministros, mas também de questões banais como esta.

quarta-feira, janeiro 05, 2005

3 Minutos por 150 000

Realmente os seres vivos são de uma capacidade de sobrevivência incrível.
Quando já todos diziam que era impossível encontrar vida sob os destroços das vilas e cidades asiáticas, eis que surgem algumas pessoas vivas após 9 dias de se ter assolado a tragédia por aquelas águas.
Ainda ontem a notícia de uma mulher que boiava agarrada a uma palmeira, já sem forças para nadar, mas com muita força para sobreviver!
E ainda ontem, deram a notícia nos noticiários da nossa televisão (desculpem a redundância), informando que hoje, às 11h, se deveria cumprir 3 minutos de silêncio em memória dos que sucumbiram à força das águas. Passados alguns segundos, já era às 12h… Hoje, houve quem fizesse estes 3 minutos de silêncio às 11h (hora de Portugal e Reino Unido, e 12h, hora do resto da Europa), e quem fizesse ao meio-dia. Mas também tenho a certeza que houve quem nem tivesse ligado…

segunda-feira, janeiro 03, 2005

No dia 28 de Dezembro escrevi...

Um Caleidoscópio no meio do oceano…

Era uma vez um menino que tinha um caleidoscópio. Principalmente nos dias de sol, como o de hoje, ao olhar o caleidoscópio muitas cores se formavam, cores vivas, cor de vegetação vigorante, formando palmeiras à beira mar plantadas. E à medida que rodava o caleidoscópio apareciam novas formas. Banquinhos nos areais da praia, pessoas a revitalizarem-se ao sol, e este sol fornecendo energia à pseudoclorofila que acho que cada um de nós tem. Rodando mais um pouquinho, conseguimos ver barquinhos no mar, e um mar calmo e azul, com pequenas ondas a chegarem calmamente à praia e refrescando os pés dos que passeiam.
De repente alguém chama o menino que poisa o caleidoscópio na areia branca dessa praia imaginária e real onde ele tinha passado a manhã. Distrai-se com o que lhe dizem e, de repente, vem uma onda um pouco mais forte que as anteriores, e leva o caleidoscópio para dentro do mar e inunda toda aquela praia celestial e paradisíaca, cheia de cores, que o menino esteve a ver nessa mesma manhã.