O combustível etanol

A uma primeira vista, a hipótese de existir um combustível “ecológico” como o etanol faz com que se pense que poderemos ver uma luz ao fundo do túnel.
E se andarmos um pouco perdidos na azáfama que fazemos das nossas vidas, ainda ficamos mais maravilhados.
Mas depois, com um pouco mais de atenção, começamos a ouvir coisas estranhas como o facto de Fidel Castro ser contra o início da utilização do etanol como combustível alternativo. Para além de já o terem dado como morto ou moribundo uma série de vezes, pensamos que talvez deva estar a ficar Ché-Ché… Mas claro, devemos sempre ouvir as justificativas dos argumentos apresentados para não tomarmos conclusões precipitadas.
Ora, o etanol seria produzido de uma forma bastante ecológica através da sua extracção de soja e milho. Estas duas plantas são a base de alimentação da maioria das populações pobres que viriam o seu preço a aumentar, devido ao novo uso para a produção desse combustível. Como neste mundo o dinheiro vale muito mais do que as pessoas, e ainda muito mais do que as pobres, a opção seria clara. Os desgraçadinhos que ficassem mais pobres pois os EUA queriam agora redimir-se de não terem assinado Quioto e começariam a produzir o belo etanol para substituir a gasolina.
MAS, aí surge um novo estudo, publicado hoje no jornal Público (versão online), que dá o etanol como um combustível automóvel muito mais poluidor do que a própria gasolina…
O que é uma grande pena para a administração Bush, que queria ver reduzida a dependência dos Estados Unidos face ao petróleo estrangeiro, e claro está, reduzir a poluição do ar, que SEMPRE tanto os preocupou.