Do Choupal até à Lapa...!

Coisas do dia a dia... o que nos aborrece... e especialmente, o que nos provoca um sorriso!

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

A importância dos tomates para AJJ!!!

No domingo segui rumo a Lisboa para viajar até Bruxelas e Antuérpia. Mas, arranjei tudo de maneira a poder ir votar para o referendo à despenalização do aborto. Claro que, um pouco fora da graça de deus, cheguei tarde para burro a Antuérpia. Mas pelo menos fiquei de consciência tranquila. Por isso não compreendo as desculpas de metade dos portugueses que não foram votar. Ora chove, ora faz sol, ora … é dia de praia.
Mas, lá se fez a votação e ganhou o SIM pela despenalização, embora todos saibamos (ou pelo menos aqueles que se interessam) que o referendo não é vinculativo. Também todos sabíamos quais as intenções do governo se a abstenção fosse superior a 50%.

Hoje, segundo o Público “a nova lei sobre a interrupção voluntária da gravidez, que resulta do referendo de domingo passado, vai começar a ser discutida no Parlamento, ainda em debate de especialidade”.
Por isso parece que as coisas se estão a compor, a meu ver claro, e também sei que os apoiantes do NÃO, que desde já faço notar a minha repugnância para o tipo de campanha que fizeram, não estão muito contentes. É assim a VIDA!

Também no Público de hoje traz mais uma notícia, relacionada com este assunto, e mais uma vez…inacreditável!
O inacreditável Alberto João Jardim (AJJ) vem agora dizer que “os portugueses “não têm testículos" para dizer que o referendo à despenalização do aborto não é vinculativo”. Pois, não é isso que estão fartos de dizer os senhores na televisão? Eu, mesmo aqui na Bélgica, e vendo o Jornal da Tarde da RTP à hora de jantar, tenho ouvido muitos a dizer que o dito não é vinculativo… Mas, AJJ acrescenta também que, “se entender que a Assembleia da República está a fazer uma lei que atenta contra as normas da Constituição que defendem o valor da vida” vai “levantar a inconstitucionalidade".

Se ele dissesse que os portugueses não têm tomates para arcar (em termos individuais) com a responsabilidade e sem hipocrisia, de irem votar SIM ou NÃO, e em consciência…

Concluindo, mais uma frase magnífica para acrescentar às que ele tem dito ao longo destas décadas!